Querida Guitarra
sexta-feira, maio 26, 2006
  Pensamento do dia

Amo a minha cidade. Em especial o Bairro Alto. À noite. Miúdas de todas as raças e credos, de todos os tamanhos, em altura e largura, e olhos de vários feitios e cores, a beber copos, a fumar cigarros, a apanhar mocas e com disponibilidade para affair de verão. Isso é fixe.

"Hum... aquele Guitarrista Famoso é um charme. Vou-lhe pagar uma imperial à Tasca do Xico a ver se ele repara em mim"
 
quinta-feira, maio 25, 2006
  Crítica musical: Nonstop




Antes de mais, há que mandar um recadinho para a lourinha da direita. Essa técnica da água oxigenada para alourar os pêlos das pernas resulta bem na adolescência e até pode ser aceite como último recurso para as primeiras idas à praia. Agora, num festival da canção, visto por milhões de telespectadores, aconselha-se, no mínimo, o uso da Gillette Venus (isto foi trabalho de investigação, eu não me depilo). É que, como se vê, a contra-luz não favorece as pernas com pilosidades inadvertidamente erectas. Aliás, especialmente as erectas. Bem sei que a ocasião era excitante, mas recomenda-se um certo pudor em frente às câmaras.

A verdade é que esta introdução serve, no fundo, para disfarçar. Podia ter arrancado o texto com um chavão muito pop, com um lugar-comum à la Blitz (R.I.P.) ou com uma atirada airosa ou sarcástica ou outra cena qualquer, que me faltam agora os adjectivos. Só que acontece que, de cada vez que vou para ouvir as Nonstop, me acontece uma - às vezes até mais - de uma longa lista de desculpas esfarrapadas que me impede de lhes prestar atenção: ora perco o autocarro e não chego a casa a tempo, ora me falta a luz, ora se me avaria a aparelhagem, ora se me acabam as pilhas do aparelho dos ouvidos... enfim, um sem número de imponderáveis que anda sempre à espreita e, na primeira ocasião em que possam ser inconvenientes, zunga, acontecem. Ou seja, conheço tão bem as músicas das Nostop como conheço os seus antepassados da quinta geração.

Logicamente, isto não impede que lhes faça a crítica. Quando assumo uma tarefa, levo-a até ao fim. Continuemos, então. Primeiro tenho a dizer que aquele tipo de botas, quando foi usado pela Cher, na sua adolescência, já estava um bocado demodé. Mais um ponto negativos, sem dúvidas. Prefiro não comentar os sapatos da segunda a contar da esquerda. Mas também há pontos positivos. Por exemplo, aprecio generosamente a constituição coxial da moreninha, segunda a contar da esquerda. Aquela com os pêlos, claro, é prejudicada. Só de imaginar os pêlos na língua... adiante. A mais moreninha de todas, a primeira da esquerda, também tem bom ar. Mas aquelas calças terão sido, com toda a certeza, uma precipitação sua. Um descuido, um acidente. Espero eu. E parece ter uma certa barriguinha. Se bem que eu até goste de barrinhas. Desde que não tenham banha. Nem pêlos, já agora. Para terminar, acho que a senhora das luvas de ciclista, com a crista rosa-choque, acabou por ser o principal motivo da eliminação das Nonstop nas semi-finais. Disse-me o Carlos Castro, esse digníssimo cronista social (aquele muito bicharoco que diz que o Joaquim Monchique é "chiquérrimo"), também ele uma pessoa indignadíssima com a vitória dos Lordi. Pudera.

Posto isto e expostos os argumentos, não me resta outra alternativa senão dar-lhes um 3/10. 4 pontos por cada morena, menos 2,5 por cada uma das outras.
 
segunda-feira, maio 22, 2006
  Eurovision Song Contest - a lesson for the future



O que aconteceu, sábado à noite, no salão interior do Estádio Olímpico de Atenas, foi um momento histórico. Não estou a gozar nem a exagerar. Subiu ao palco um grupo de finlandeses, vestidos de monstros que eram qualquer coisa entre o gore, o assustador e o risível, a tocar qualquer coisa entre o heavy metal de uns Iron Maiden e um sketch de Monty Python. Atenção, digo isto com todo o respeito pela música que levaram, que estava bastante aceitável e foi muitíssimo bem interpretada.

Ora, estes finlandeses, de seu nome Lordi, que cantaram um tema intitulado Hard Rock Hallelujah!, não foram a Atenas apresentar o seu último trabalho. Foram antes participar na final do Festival Eurovisão da Canção ou, melhor dizendo, Eurovision Song Festival - não faz muito sentido pôr isto em português, já que Portugal tem neste evento uma participação tão diminuta quanto ridícula (e cada vez mais o termo "ridículo" se adequa àquilo que a representação portuguesa vai lá fazer - as Nonstop, com os seus quatro ou cinco pares de belas pernas, mais não fizeram que limitar-se a mostrar os seus atributos físicos: azar, nem sequer nesse ponto eram das melhores; resultado: não passaram da semi-final; quem quiser perceber porquê, procure mais em baixo a letra da sua canção, Coisas de Nada - explica muita coisa).

Voltemos aos Lordi. Também eles foram à semi-final, a tal em que as Nonstop foram humilhadas à boa maneira da participação portuguesa (últimas edições, pelo menos). E, surpreendentemente, os Lordi conseguiram ser apurados para a final. Este facto, por si só, causou estupefacção e alguma indignação no nosso já clássico Eládio Clímaco. Dizia ele, ao apresentar a canção, que "eles são... peculiares... ah-ah... mas o telespectador que veja e que tira as suas próprias ilações". A verdade é que, no meio de pastiches de Christinas Aguileras e Shakiras, Celines Dions e Ricky Martines, os finlandeses ganharam. Leram bem: ganharam. Hard Rock Hallelujia conseguiu uma votação estrondosa que superou, de longe, as guerrilhas taco-a-taco entre simpatias geo-políticas do costume: quase todos os países atribuíram os 12 pontos ao tema dos Lordi - de tal maneira que, ainda faltavam votar 6 ou 7 países e os finlandeses já somavam quase 300 pontos. "Já não se compreende os gostos do público" desabafava, incrédulo, Eládio Clímaco. "Que os jovens apreciem, eu ainda compreendo...", acrescentava o velho apresentador. "E pronto, está visto vão ganhar... é inacreditável" quase se enfurecia a voz que há anos nos relata fielmente o que se passa e não se passa e até o que poderia passar-se sobre o palco da Eurovisão. Perdão, Eurovision.

Talvez ninguém tenha percebido, no sábado, o que estava a acontecer ali. Todos tinham cumprido escrupulosamente a cartilha do som eurovisionista, versos quadrados, versões de uma frase, bem orelhudos, umbigos à mostra, músculos bem tratados, vozes mais ou menos afinadinhas. Alguns tentaram ser originais - os Lituanos, por exemplo, levaram uma música que dizia qualquer coisa, num refrão bem-disposto e provocatório, "we are the winners of Eurovision" num tema que se destacou pela fuga à banalidade vigente -, outros, como o representante bósnio, deixaram a sua marca pela competência demonstrada na aplicação da fórmula, no rigor da interpretação e no trabalho que tiveram. Mas, de uma forma geral, não passou de um desfilar de bocejos entre os revivalismos dos Abba, as cópias da Britney e, pasmem-se, até alguns esforços mal acabados de imitações do 50 Cent. Ou seja: ninguém ousou. Ninguém, não. Os Lordi ousaram. E o público mostrou que está farto do que é previsível, quadrado e sem paladar. Parabéns aos Lordi. Resta-me acrescentar que, em Portugal, caso os Lordi TIVESSEM AUTORIZAÇÃO para concorrer ao festival RTP da Canção, teriam, como destino, o último lugar. Para não dizer que não passavam da semi-final... Talvez alguém possa ter aprendido alguma coisa com este desfecho.

E assim se acabou a noite, com os mostrengos finlandeses a regressarem ao palco, a receberem o troféu e a interpretarem, uma vez mais, Hard Rock Hallelujah!, antes de Eládio Clímaco usar a chave de ouro: "E pronto, senhor telespectador... assim, encontramo-nos para o ano em Reiquiavique". Combinado, Eládio. Afinal, daí até Helsínquia são meia-dúzia de quilómetros.

Para os interessados, aqui fica a letra da música.
 
quinta-feira, maio 18, 2006
  Melhor diálogo do fim-de-semana
Como de costume, anteontem estava na conversa com uma miúda giríssima. Somos só amigos...

-Não leste o meu último Melhor Diálogo do Fim-de-semana?
-Hum... não sei. Era sobre quê?
-Não sabes?! Como não sabes? A cena estava genial...
-Pfff... és tão convencido. Chiça.
-Eu, pelo menos achei que estava...
-Era aquele com a miúda... que queria ser árvore?
-Iá. Lindo, não estava?
-Estava giro...

(pausa)

-Giro... estava "giro"... deves ter muito talento para a escrita, tu... para fazer cenas muito mais que... "giras"...
-Guitas... poupa-me. Estava giro, pronto, ah ah ah, fartei-me de rir... Está melhor assim?

(pausa)

-Por falar nisso... nós falamos tantas vezes... por que raio nunca escreveste um Melhor Diálogo inspirado nas nossas conversas?
-Bom...errr... nós raramente conversamos ao fim-de-semana... é sempre a dias de semana e, como o nome indica
-Tretas. Acho que, desde o início, ainda não houve um único Melhor Diálogo que tenha acontecido ao fim-de-semana.
-Sim, mas isso é apenas um acaso infeliz.
-Guitarrista...
-Não cedo a pressões exteriores, miúda, sou um gajo íntegro
-Oh...
-que só escreve aquilo que acha que deve ser escrito
-Guitas...
-e se achas que pressionando-me vais conseguir que eu faça um Melhor Diálogo com uma conversa nossa
-Pago-te duas imperiais
-estás muit... ãh?
-Duas.
 
terça-feira, maio 16, 2006
  Sugestão do dia
Nada melhor que um prato requentado: Restos & Sobras.
 
segunda-feira, maio 15, 2006
  Só para chatear
Esta é notável e surpreendente: já repararam nas semelhanças entre a melodia dos versos de Don't Worry, be Happy, de Bobby McFerrin, e a melodia dos versos de What's Up, das 4 Non Blondes?

Se não estão a ver, tentem imaginar ambas as músicas. Até podem intercalar os versos de uma e de outra...

"Here's a little song I wrote / Trying to get up that great big hill of hope / Don't worry, be happy / And I realized quickly when I knew I should / But when you worry, you make it double / That the world was made up of this brotherhood of man / Don't worry, be happy"
 
quinta-feira, maio 11, 2006
  Guitarrista - uma imagem


Consciente da sua beleza natural, Guitarrista Famoso faz os possíveis por sair desfocado nos retratos. Normalmente, consegue.
 
quarta-feira, maio 10, 2006
  Melhor diálogo do fim-de-semana
(Conversa existencialista e poética, mantida às 3 da madrugada de hoje, com uma miúda sensível.)

-Eu acho que as árvores são seres tão sábios...
-Bem...errr...
-A sério. Não achas?
-...
-Se eu reencarnasse, gostava de ser ou uma árvore ou um gato...
-Eu não acredito muito nessas cenas da reencarnação e isso.
-Sim, mas imagina que reencarnavas.
-Bom... eu... aprecio sinceramente a minha condição humana. Aliás, acho que o ser humano até pode ser sábio. Já as árvores... Gostava de ter, sei lá, mais 15 centímetros de altura, talvez. Mas seria humano na mesma.
-Oh... e os gatos?
-Isso são animais domésticos, bons para fazer companhia a donas de casa burguesas. São um bocado estúpidos e não obedecem... Que interesse é que isso tem?
-Ah, mas são tão... felinos.
-...
-E as árvores, são o expoente máximo da dignidade. Não achas? Morrem de pé...
-Também há pessoas que morrem de pé... As árvores estão presas ao chão, pá. Vão lá os gatos e os cães - às vezes até eu - e mandam-lhes mijadelas... Tem alguma piada? "Ah, agora vou ser uma árvore, o meu sonho é ser mijado em público"... É uma ideia um bocado desagradável.

(pausa)

-Caramba, nunca consegues ver o lado poético das coisas.
-O quê? As árvores, os passarinhos, ai que bonito que é o mar?... então não consigo? Até acho isso fixe e tudo.
-Às vezes pergunto-me como consegues ser artista. És tão insensível...
-Desculpa lá, mas eu sou buéééééé sensível. E gosto de poemas e tudo. Simplesmente, não acho que as árvores tenham inteligência. Mais: acho que seria uma crueldade da natureza dar inteligência a seres que não se conseguem mexer. Bem basta o Stephen Hawkins... Olha, esse é que não vai morrer de pé, de certeza.
-Eu... eu não acredito, Guitarrista...
-Mas, mesmo assim, se vier um fogo, sempre pode fugir na sua cadeirinha...
-Ó... Guitarrista...
-uic uic uic uic... "out of the way! fire in the hole!"... já estou a imaginá-lo...
-... falar contigo é uma perda de tempo.

(pausa)

-Humpf... agora sou obrigado a achar que as árvores são espertas... Se não servem para fazer guitarras, acabam a fazer papel ou a acender lareiras...
-Fica bem. Adeusinho.
 
segunda-feira, maio 08, 2006
  Estes homens são do nuorte, carago!...
Este fim-de-semana tive o enorme prazer não só de conhecer um bocadinho (pouqco) melhor Braga como também fui presenteado com o privilégio de conviver com pessoal terrivelmente "boa gente" dessa belíssima cidade. O motivo que me levou até à capital minhota foi a música - onde houver música, eu estarei por perto -, mais precisamente, o concerto anunciado aqui em baixo. E digo-vos, meus amigos: Frequency têm um grande som e ainda vamos ouvir falar muito deles. O sítio onde teve lugar o espectáculo foi o bar Usual, com localização geográfica privilegiada - na Rua D. Pedro V, mesmo em frente à Associação Académica - e uma gerência que faz da generosidade e da simpatia o seu cartão de visita. A boa disposição foi também ingrediente que abundou - esta gente do nuorte, carago, é demais... E o que vale para os Frequency e para o pessoal do Usual, aplica-se igualmente ao management que promoveu o evento e acompanhou, bem de perto e incansavelmente, as bandas - falo da Uma Alternativa. Aqui ficam os links para que os interessados possam obter mais informações acerca de uns e de outros. Para eles, os de Braga, se me estiverem a ler, aqui fica um grande abraço. Cá vos esperamos.
 
sexta-feira, maio 05, 2006
  Dicas para Maio
Ultimamente tenho andado preguiçoso. Deve ser o cérebro que anda meio mole por causa do calor. Esqueço-me de postar, às vezes tenho uma boa ideia para um texto e, quando vou para escrevê-la, já não me lembro como é que era, recebo sugestões no e-mail e nem me dou ao trabalho de as ler... É uma fase. Nós, os adolescentes, temos fases.

Agora, não posso é deixar que isto se arraste. Para já, começo por elogiar a programação da primeira metade de Maio no Sítio do Cefalópode (Largo do Contador-Mor, ao Castelo, em Lisboa).



Atentem bem nesta delícia - vou reproduzir fielmente o que vem escrito na programação:


"Sábado 13 Maria's Party
DJ's, Live Acts, performances, aparições, visões...
A 13 de Maio apar'ceu brilhando... Entrada livre para virgens!
23h entrada: de borla!"

Religiosamente, marcarei presença, como é óbvio.
Mas, para além desta manifestação de fé que é a Maria's Party, há mais eventos a merecer a devoção dos fiéis. Eis alguns exemplos:


Sábado 06 Albert Sanz trio
Albert Sanz piano
Masa Kamaguchi contrabaixo
RJ Miller bateria

Material altamente original de Jazz
23h entrada: 5 euros

Quinta 11 Michele Mengucci e os MisturaPura
O italiano Michele Mengucci, cantautor, continua insistentemente à procura dos ritmos, do planeta Funk às Antilhas, do Brasil à galáxia blues, da canção italiana ao coração da África mãe...

Michele Mengucci ? guitarra /voz
+ banda MisturaPura
23h entrada: 3 euros

Sexta 12 Quarteto João Vaz
jazz, funk, blues

João Vaz saxofones
Tiago Oliveira guitarra
Carl Nevitt baixo
Diogo Leónidas bateria
23h entrada: 3 euros
 
terça-feira, maio 02, 2006
  Informação inútil... enfim



Começa às 23h00, acho que não se paga entrada, HÁ CERVEJA e, ouvi dizer, miúdas giras à brava. E, para as miúdas que já souberem mexer na Internet e estejam agora a ler isto, a rapaziada das bandas também não é nada de se deitar fora. Quer dizer, o baterista de Feromona é feiinho... mas é boa pessoa.
 
A música vista por dentro. A vida tocada em guitarradas ruidosas. Cuidado com o feedback.

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