Blogger than life
Enfrentava o teclado com precisão, como se discasse nas teclas o número de telefone da bela amada, mulher da sua vida, aquela que já não havia - e escrevia com fé.
Como se a cadeira fosse uma varanda tentadora, coisa vertiginosa e cheia de poder, abdicava da janela e da vida lá fora. Não havia rua naquele quadrado iluminado, naquela incandescência de pixéis alfabetizados, mas existia um universo imenso, intenso, atraente, sedutor. Intangível como um sonho inafantil.