Querida Guitarra
quarta-feira, setembro 29, 2004
  Poema de amor/erotismo com rima forçada e linguagem popular... acima de tudo, com rima forçada
minha querida, meu amor
tu que és a mais bela de todas
não esperes muito de mim
para que depois eu não estrague tudo e tu te desilodas

oh, mas tu insistes
e eu não resisto, dispo-te todas
pego-te no corpo
e mexo-lhe nas partes... hum... todas

já se viu como é que isto acaba
porque já sabemos a história... errr... todas...
de trás para a frente - e isto não é simbolismo erótico -
e da frente para trás. É sempre igual.
 
segunda-feira, setembro 27, 2004
  Serviços postais urgentes
Eis um assunto delicado. Nós, os artistas, lidamos diversas vezes com material frágil. E existem encomendas chamadas "urgentes", as quais dificilmente poderemos confiar ao abnegado mas incompetente serviço dos CTT.

Comprei uma guitarra a um ex-guitarrista (agora toca harmónica... gente estranha) de Mirandela. Não me perguntem como, a história é demasiado longa. Perguntei ao vendedor como poderia enviar-me o instrumente. Respondeu-me que mandava pelos serviços urgentes. "Ai, sim?", disse eu, "e qual é a empresa?". "É a Ups", respondeu-me ele.

Vamos lá ver... vocês confiariam um bem precioso a uma companhia que se chama "ups"? Tipo, "aqui está a sua guitarra... UPS!, caiu... olhe, ponha fita-cola". "Ups"... que raio de nome. Pior que uma companhia de entregas especiais chamada "ups" só um fabricante de travões chamado "o-oh"... ou uma clínica dentária chamada "Valha-me deus" ou assim.

E até hoje a guitarra ainda não me chegou às mãos. Ups...
 
quinta-feira, setembro 23, 2004
  Discurso sobre a imortalidade


O Homem nasce para a imortalidade. Sim, existe para a morte, eu sei. E sim, encara a vida na perspectiva não de quem busca a imortalidade, mas antes na de quem foge da condição de mortal - o que, parecendo semelhante, acaba por ter as suas diferenças (se no primeiro caso, a atitude implica a aceitação da existência, tal como ela se nos apresenta, seguida de uma tentativa de superação (de si mesmo; da condição; do cosmos; do destino...), no segundo caso o acto e a postura não primam pela audácia, numa atitude global que acaba por poder traduzir-se em "fuga inconsequente").

Porém, não deixa o Homem de desejar a imortalidade - mesmo ignorando que nasceu para lutar por ela.

Eu considero quatro estados de existência perante a imortalidade:

1) o que é imortal;
2) o que conquista a imortalidade;
3) o que deveria ter-se tornado imortal*;
4) o que ignora e nem se rala.

(*perspectiva exterior; casos normalmente recordados em cerimónias fúnebres por gente enfadonha que proclama, levianamente, "gente desta não devia morrer"; toda a "gente" que é etiquetada como "gente desta" não deveria, sequer, ter lugar perante a opinião pública.)



Penso muito na minha própria imortalidade. O que será isso? Ser recordado, no futuro, pelos descendentes dos humanos de hoje? Por seres de outras espécies? Perdurar, deixar uma imagem que não sucumba aos tempos? Sim, é apenas esta a imortalidade que considero: a da memória. Não levo em conta as teses que defendem as "imortalidades" quer física quer espiritual.

Eu quero ser como um monumento. Uma coisa que fica.
 
quarta-feira, setembro 22, 2004
  Melhor diálogo do fim-de-semana
(Anteontem fui a casa da minha vizinha. Sim, dessa mesmo, a do Rádio Clube Português. Ela estava sozinha em casa - sozinha, salvo seja, estava com um filho e com a barriga do outro, o marido é que não estava - e precisou de ajuda para montar umas coisas que comprou no IKEA. Eu ajudei. No final ofereceu-me, simpaticamente, um café, que aceitei, em tom educado e forçando até uma certa simpatia, como retribuição. Sentámo-nos na sala a ver televisão. Vimos a SIC. Estava a dar a Gala do Rock...)

(Vizinha): Ai, eu gosto muito destes...
(Eu, nada surpreendido): Dos Delfins?
(Vizinha): Ai, sim... sempre adorei estes rapazes. Já desde quando eu ainda andava a estudar.
(Eu, na minha): Ah... pois. Eu não gosto muito...
(Vizinha): Ai, eu gosto. O vizinho é assim mais... barulho, não é?
(Eu, concentrado no café): Hum?... errr... bom, eu...
(Vizinha, explicativa): Pois, eu sei como é. O meu Manel também gosta dessas coisas assim. É os... ai como é que eles se chamam.. é os... aahm... ai, tá-me a faltar a palavra... ai, é os...
(Eu, entediado): Pois, estou a ver...
(Vizinha, continuando): Ai, mas eu gosto muito dos Delfins... e o vizinho não gosta deles porquê?
(Eu, inexplicativo): Ah... nunca calhou gostar...
(Vizinha, insistente): Olhe, esta música, por exemplos... (trauteando, baixinho, de modo a que eu percebesse a beleza da melodia) "...naa-na-na-naaaa.na... naaasceee selvaaaaagem..."... está a ver? É bonito ou não é? "...de ninguééém...éééééémmm...éém... de ninguém..."... Tão bonito...
(Eu, menos inexplicativo): Está a ver... como é que eu hei-de explicar?... Não é muito o meu estilo... essa letra... isso é muito...
(Vizinha, adivinhativa):...bonito!?
(Eu, ligeiramente perturbado):... não.

(Pausa. Talvez a tenha melindrado... Eu e a minha boca... O meu sentido crítico não deve ser aplicado em ocasiões de sociabilização delicada - tomar nota.)

(Continuação da pausa. Ambiente um tanto embaraçoso. Ena, que barrigão que a mulher tem! Chiça... Já deve estar grávida há quê?... há uns... catorze meses, pelas minhas contas. Que raio de animal estará ela a gerar ali dentro?... O melhor é ir bebendo o café.)

(Conclusão da pausa. Os Rádio Macau entram em palco.)


(Eu, quebrando o silêncio): Olha... os Rádio Macau. Não sabia que esles também entravam nisto.
(Vizinha, desdenhosa): Ah... estes era um bocado drogados, não eram?... Ouvi dizer que eles se drogavam. Ela e tudo... humpf...
(Eu, nervoso...razoavelmente): Bom, talvez... eu prefiro ouvir as músicas, sabe?...
(Vizinha, contra-atacante): Ai, sim... gente drogada deve fazer umas belas músicas, sim senhor...
(Eu, perdendo a compostura): Sempre são melhores que os Delfins...

(Pausa).

(Vizinha, amesquinhando): Ai, que bonita letra... (cantarolando) "Já não há nada de novo aqui... Debaixo do sol" Tem... muita poesia.

(Pausa)

(Vizinha, deteriorando as relações do condomínio): Olhe, e continua... "Já me persegui por becos e saidas... Mas que horror, caminhos sem saída..." Bonito, sim senhor... e uma boa rima, já viu?

(Eu, visivelmente transtornado, mudando de conversa): Quando é que nasce?
(Vizinha, desapontada): Quando Deus quiser...

 
terça-feira, setembro 21, 2004
  Welcome to paradise


1957/58 Fender Maple Neck Jazzmaster (preço aprox. 9 mil euros)

Um clássico. Cara, antiga, reminiscente. Dá vontade de lhe tocar, nem que seja só para acariciá-la.



1964 Firebird Fender (preço aprox. "priceless")

Inalcançável. Um dos mais raros exemplares da história da música (apenas os primeiros modelos tinham o braço de uma só peça). A maior parte das que existem foram "apropriadas" pelos trabalhadores da fábrica - na altura, não se sabia se o modelo ia fazer sucesso, pelo que alteraram a forma de fabrico: os primeiros exemplares foram abandonados à porta da fábrica. Este é um dos sobreviventes.



1939 Super 400 (preço aprox. "priceless")

Peça de museu. Não é para os meus dedos. Talvez um dia esteja num aquário, ao lado das jóias de Lalique...



1958 Red Stratocaster, by Fender (preço aprox. "priceless")

Mais clássico que isto, só se reciclassem as páginas da Odisseia. Priceless, evidentemente.



1955 Sunburst Telecaster, by Fender (preço aprox. "priceless")

Aí está um exemplar capaz de tornar Bruce Springsteen no "the slayer" só para lhe tocar com a unha do mindinho da mãe dele.



Fantail Guitar, by Novax (preço aprox. 2300 euros)

Chega de clássicos, vamos ser pragmáticos: esta ainda toca.
 
  Apontamento futebolístico
"Eu tenho alguma simpatia pelo Peseiro [N. do R.: treinador do Sporting], porque acontece-lhe com o futebol o mesmo que a mim com o Totoloto: por mais sistemas que utilize, nunca ganho nada, ó catano."

Zé Manel, in «A Bola», 21 de Setembro de 2004
 
segunda-feira, setembro 20, 2004
  Ser estrela
Todo o artista quer ser estrela. Não censuro. No fundo, quem não gostaria de passar a vida toda pendurado num braço secreto do espaço cósmico, a olhar miudezas como os humanos com distância e superioridade. Ainda para mais, sabendo à partida que terá uma longevidade incomparavelmente maior.

No entanto, existem coisas que nos transcendem. Normalmente são coisas que funcionam ao contrário. Assim de repente, ocorre-me a Estrela Novais. Uma estrela que quis ser artista. Há gente para tudo.


 
quinta-feira, setembro 16, 2004
  FEROMONA, HOJE, 23H00, SANTIAGO ALQUIMISTA
Por esta hora, dificilmente acreditarei que algum dos leitores portugueses da Querida Guitarra ainda não tenha "ouvido falar" (ou visto, lido... whatever) dos feromona. Para além da Comunicação Social, que, numa atitude louvável, começa a dar atenção aos valores emergentes da música nacional (praticamente todos os roteiros de jornais divulgam o concerto, há um anúncio do concerto na Rário Radar, idem para o canal televisivo Sol Música), certos blogs nacionais decidiram unir-se, nem que seja temporariamente, em torno da causa feromónica. Pelos vistos a Querida Guitarra perdeu o contrato de exclusividade. Mas não pensem que o Guitarrista amua por causa disso: é com todo o prazer que partilho com estes senhores o apoio à banda. Os senhores:

Selvagem
Z
Mini

Resta-me relembrar-vos do mais importante: logo à noite, às 23h00, no café-teatro Santiago Alquimista, em Lisboa (ao miradouro de Santa Luzia/Portas do Sol), a banda que inventou o rock-zoófilo-urbano vai subir ao palco. Acrescente-se que levam um convidado, DJ Miguel Arsénio, que tratará de animar a noite no caso de a banda estar desinspirada. Eu, se fosse a vocês, não perdia esta oportunidade de os ouvir naquela que é, segundo os elementos da banda, "o segundo e, certamente, um dos melhores concertos que a banda fará em palcos europeus este ano". Está tudo dito.
 
quarta-feira, setembro 15, 2004
  Olimpíadas pós-modernas
Tenho andado estranho. Fico em casa, ouço músico e isso... mas ando pouco inspirado para a composição. É então que me dá para pensar em coisas estranhas, imaginar pensamento que, de outra forma e se não tivesse a cabeça tão desocupada, nunca haveriam de ocorrer-me.

Desta vez foi sobre os jogos olímpicos. Comecei a magicar, ao som da banda sonora dos Momentos de Glória, claro, uma forma de rentabilizar os desportos fazendo uma espécie de compactos de modalidades. Desta forma, não só se poupava em infraestruturas e tempo como ainda se reunia, na mesma plateia, adeptos das mais variadas modalidades.

Dito assim, parece estapafúrdio. Mas se imaginarem, por exemplo, uma prova de "triplo salto com dardo" é muito mais divertido do que as duas modalidades no em formato independente. O mesmo serve, por exemplo, para uma modalidade que seria um sucesso, julgo eu: os 100 metros mariposa com argolas. Confesso que nestes olímpicos de Atenas dei imensa atenção às provas de argolas e perdi o meu tempo a olhar para as natações. Juntar as duas coisas seria uma ideia inovadora, fresca, molhada e... mesmo mesmo mesmo difícil até de imaginar (eu ainda não consegui). Haveria muitos mais exemplos, mas já perceberam a ideia. Para finalizar, gostaria de apresentar a minha modalidade preferida, que é um pouco mais abstracta, mas que tem imenso potencial pelo espírito desportivo - toda a gente ganha, à partida: trata-se, obviamente, do "tiro com Arco do Triunfo". Decerto teria adeptos e praticantes, que toda a gente gosta de ganhar.
 
segunda-feira, setembro 13, 2004
  Estar vivo vs. estar morto
Não sei porquê, estava aqui a pensar em disparates e lembrei-me daquela máxima que tanto sucesso fez há uns tempos atrás: "estar vivo é o contrário de estar morto".

É mentira. Lamento. Podem não acreditar, mas estar vivo não é a antítese de estar morto, embora estar morto seja o oposto de estar vivo, sem dúvida. Mas o contrário não se verifica necessariamente, ou seja, não é tautológico. Estar vivo é o contrário de NÃO ESTAR vivo. E isto implica a consideração do estado de AINDA não estar vivo. Ou seja, algo que ainda não nasceu, não está vivo. No entanto, também não está morto, como é óbvio. Fica a correcção.

Exemplo: em 1965 eu não estava vivo. E então, estava morto?... Ah-ah.
 
quinta-feira, setembro 09, 2004
  Recorte de imprensa
Atentem no que encontrei: um recorte de imprensa que documenta a primeira vez que os média nacionais me dedicaram atenção. Foi após um concerto no Recreativo da Damaia, em 1987, com os Fome Etíope - uma banda de cariz vincadamente interventivo. Eu era, tal como sou, guitarrista, só que ainda não havia atingido o patamar daquilo a que vocês chamam "fama". Havia mais três elementos, a cena do costume: baterista, baixista e vocalista. Praticamente não tínhamos fãs, mas isso é normal quando ainda somos novos. Podia estar a aqui uma semana a falar-vos dos Fome Etíope e deste mítico concerto, mas prefiro deixar-vos com uma opinião neutra e instruída, no caso, do repórter do Popular da Falagueira, publicação entretanto extinta.

"Fome Etíope subiram ao palco da Damaia

A noite estava agradável, o recreativo estava praticamente cheio, a multidão, pode dizer-se, encontrava-se entretidamente conversadora. Foi então que os Fome Etíope subiram ao palco, derrubando todo o tipo de esperanças quanto a uma noite pacífica e calorosa - isto, embora a parte do "calorosa" tenha vindo a concretizar-se, especialmente após o arremesso das primeiras cadeiras.
Mas vamos ao retrato da noite: os Fome Etíope são uma banda que precisa urgentemente de praticar o transporte dos instrumentos - está mais que visto que o seu futuro não passa por tocá-los; o mundo da música aguarda-os, sim, mas como roadies. Se tanto. Com um baterista (Jubas) com batida forte e deveras irregular, todo o som se pauta por uma constante ondulação desregrada, no limite entre o caos sonoro e a inaudibilidade. Já o baixista (Joãozinho P.) denota sérias dificuldades no manuseamento de um instrumento que pesará, certamente, o dobro dele próprio. As linhas de baixo são, com alguma boa vontade, difíceis de ouvir. O vocalista e também letrista do conjunto (N. M. Sarmento) apresenta dificuldades em lidar com a realidade, provavelmente devido à ingestão excessiva de estupefacientes. As várias deficiências de fala que apresenta abonam a seu favor, por uma lado, e a favor do público, por outro. Contudo, após um exercício de atenção e concentração extremas, foi possível perceber que consegue a proeza de rimar "beijo" com "percevejo", uma rima, tanto quanto o Popular da Falagueira apurou, inédita até sábado passado. Chegamos ao "guitarrista" e é aqui que os adjectivos escasseiam. Uma pista: mau é elogi" HEI HEI HEI!!!!! ALTO LÁ!

Mau. Se eu soubesse que era para isto, não tinha publicado o recorte de imprensa no meu próprio blog. Humpf!... Não admira que o Popular da Falagueira tenha desaparecido. Com jornalistas assim...
 
  Concerto a não perder
tomem nota:

no próximo dia 16 de Setembro (quinta-feira)

às 23H00

no Santiago Alquimista, em Lisboa (em frente ao ARCO, perto do Castelo)

FEROMONA ao vivo!!!!!



Nós vamos! E você?

 
terça-feira, setembro 07, 2004
  Música sobre as férias
(Dedilhado esquisito, a partir de acordes esquisitos, tipo bossa-nova e isso. Isto só dá para tocar em stratocaster USA em drop-d. Não existe uma razão em especial... como é que eu hei-de explicar?... É uma questão estética. Estilo, digamos assim. Pode levar um chorus lento e com defeito aumentado. Já estão a ver a cena. Reverb quase no máximo. Usem sempre um Marshall a válvulas ou, para os mais pobres, um Valvestate. Não é a mesma coisa, mas diz Marshall à mesma e isso, para mim, funciona mais ou menos como os banners: desde que vocês leiam a palavra "Marshall" muitas vezes, vai-me dando para eu manter o blog. Marshall, não se esqueçam. É Marshall. Cool, já deve chegar.)


"Hey, Júlia"

(para dedicar à Júlia, uma miúda gira à brava que eu conheci, estas férias, em S. Sebastião, na Ericeira. Força, Júlia. May the Force be with you)

(voz tipo Bob Dylan depois de ter perdido a voz)

"Hey, girl,
o teu smile é tão cool
até me arrepias
e o meu cabelo fica como o mar
e como céu
só que bué menos azul

Hey, baby
tens uma pele tão beautiful
eu até estremeço
e isso
e os meus nervos ficam à flor da pele
e dizer "pele"
bué de vezes
às vezes fica cool

(refrão)

és a minha inspiração
e secaste-me a reserva da transpiração
roubaste meu coração
e eu ofereço-te esta canção

Hey, woman
tens uns olhos baris
cintilam e brilham
e vêm cheios
e fazem pleng
como barris
cheios de cervejinha
como aquela que a gente bebia
lá no acampamento junto ao mar
a apreciar
o luar

Hey, chick
disparaste-me o clique
e agora fiquei com um tique
que é ficar a olhar
bué de tempo para o mar
a vê-lo ondular
devagar
e a molhar
as pessoas que estão a... errr... aaaaa... sol apanhar

(refrão)

és a minha inspiração
e secaste-me a reserva da transpiração
roubaste meu coração
e eu ofereço-te esta canção"

Então, curtiram?
 
segunda-feira, setembro 06, 2004
  Regressar a casa
após uma breve estadia lá fora, em sítios exóticos, acho eu.

1- Entrar e constatar a inexistência de electricidade em casa. "Bolas, o aviso de corte expirou terça-feira passada."
2- Arrumar as mochilas. No chão do corredor, por exemplo. Estou cansado.
3- Desensacar a guitarra acústica.
4- Tirar o que resta do cordame da guitarra acústica.
5- Colocar novo cordame na guitarra acústica.
6- Verificar que a caixa contém... hum?!... areia... hum... podíamos tocar música cubana... tchaka tchaka - tchaka tchaka... é melhor não.
7- Retirar o cordame novo e despejar a areia.
8- Recolocar o cordame novo.
9- Verificar que a caixa contém nódoas pegajosas de bebidadas ressequidas de diversas cores... (cheirar). Hum... cheira-me a... várias coisas. (cheirar novamente). Mas quem é que é capaz de beber um cocktail de Vinho da Madeira com Bailey's?... (É melhor retirar novamente o cordame novo).
10- Experimentar colar uma peça de roupa usada na nódoa do número anterior.
11- Verificar efeito: "... cool... até cola jeans..."
12- Terminar a experiência.
13- Limpar a guitarra utilizando algodão humedecido com álcool etílico.
14- Esperar que as partículas acasalem, por evidente afinidade de espécie, e arremessar, em seguida, o algodão numa direcção aleatória.
15- Recolocar o cordame na guitarra acústica. Definitivamente, esperemos.
16- Afinar a guitarra.
17- Descobrir que é difícil com a guitarra empenada, neste estado.
18- Dizer palavrão.
19- Repetir o palavrão do número anterior, mas dando mais ênfase.
20- Sorrir.
21- Deixar a guitarra "ali".
22- Retirar o pedaço de algodão da cópia da falsificação de "O Grito".
23- Retirar a referida tela da parede.
24- Constatar que não é tela. É apenas autocolante sobre contraplacado... ah, já sei... aquela vez na feira de Carcavelos... não, espera... a quermesse da festa de Fonte Boa dos Nabos, é isso... estava com sorte nesse dia.
25- Arrumar o quadro "ali". Fica bem.
26- Tirar os sapatos.
27- Deitar no sofá.
28- Pensar na temperatura agradável do mar das Maldivas.
29- Pensar nos tubarões que curtem águas quentinhas.
30- Adormecer feliz por nunca ter ido às Maldivas...
 
A música vista por dentro. A vida tocada em guitarradas ruidosas. Cuidado com o feedback.

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