Linda Martini unplugged
Não foi bem como estava previsto e os cartazes anunciavam e que era assim que diziam: "Vicious Five e Linda Martini, 22h00, Faculdade de Letras, 2 euros". Só a parte dos 2 euros é que estava certa. Chegámos, eu e mais o Baixista Famoso (aka Brigitte Bardot), já era quase meia-noite e ainda o Pedro dos Linda Martini estava à porta. Feitas as contas, se os Vicious Five é que eram cabeças de cartaz, isto significava que eu e mais o Baixista Famoso tínhamos chegado a tempo. Ôba-ôba! Assim até valia a pena pagar os dois euros... É o vales!
Os rapazes de Queluz - os tais Linda Martini, banda sobre a qual a minha curiosidade muito tem crescido graças às contantes alusões que a projectam como "next big thing" -, que são cinco, usam três guitarras, têm uma baixista e uns amplificadores à maneira, ainda não tinham aquecido o segundo tema já o disjuntor da sala disparava. Kaput - acreditem se quiserem: ninguém sabia onde ficava o quadro eléctrico, numa primeira fase; numa segunda fase, depois de terem mandado vir um segurança que "sabia onde era o quadro", ninguém tinha a chave (?) do quadro. Um conselho para a AE da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa: atentem na cena da electricidade SEMPRE (MAS SEMPRE MESMO!) que quiserem organizar um concerto não acústico. É que a corrente eléctrica dá jeito para acender as guitarras...
Foi assim o concerto dos Linda Martini com Vicious Five. Ainda esperámos, até às duas da madrugada, gastámos todo o tabaco que tínhamos, juntamente com todo o dinheiro que tínhamos. Antes de irmos embora, tentámos reaver o dinheiro das entradas - pelo menos. Mas era muito burocrático e o Baixista Famoso estava cheio de fome. Fomos embora, levantámos dinheiro, e comemos hamburgueres-tenebrosos, todos besuntados com maionaise e ketchup, numa roulotte no Cais do Sodré. A seguir palitámos os dentes e depois fomos para casa.