A minha veia poética ainda lateja
No seguimento do aumento das palpitações na minha veia lírica, que ora acelera, ora se refreia, consoante o meu estado de apaixonação, decidi continuar a escrever poesias. Esta ainda não tem música mas nunca é tarde demais e não digas desta água não beberei. O Outono é, para mim, um autêntico mar de inspiração. Este poema é a fingir que é para uma miúda. Mas não é. Bom... hrum-hrum... não era isso que já estão a pensar, ok? É para uma "miúda a fingir". Esclarecidos? Chama-se "Sou um bocado tímido e isso dificulta-me o amor".Sou um bocado tímido e isso dificulta-me o amorOlha lá:
tinha uma série de cenas
para te dizer
mas eram coisas menos importantes
do que isto
e tinham pouco a ver
com a poesia e isso
portanto
fica para uma próxima
quando formos beber cefé ou assim
ou então mando-te sms.
a verdade é que o Outono funciona
para mim
como a Primavera para as pessoas
mas como eu sou mais especial do que as pessoas
não me apaixono na Primavera
gosto mais do Outono
já percebeste a ideia?
Pronto. Adiante.
Então
o que eu te queria dizer é
bom
enfim
sabes que sou um pouco tímido
cof cof
cof cof
estas coisas nem sempre saem à primeira e
uma pessoa - mesmo alguém como eu
às vezes
até parece que gagueja
e isso
portanto...
já nem me lembro do que ia a dizer
ou melhor
lembro-me, pois,
mas o que acontece é
que
estes discursos direccionados não são pêra
doce
porém, tu és doce como uma pêra
das boas, entenda-se
e eu gosto de pêras
-'tás a apanhar a ideia?
não estou a dizer que tens o corpo em forma de pêra
nada disso
pelo contrário
até acho que és bem jeitosa
mas precisava de te ver em lingerie
para ter uma opinião mais consistente
porque essas coisas
às vezes anganam
pois as miúdas
metem anderbrós
e agora também está muito
na moda
as calças largas e
lá dentro
tanto pode estar uma Merche Romero
como duas
Pronto. Já disse.